ESCOLIOSE IDIOPÁTICA INFANTIL, JUVENIL e ADOLESCENTE
Dr Alessandro Blassioli - CRM 62557
Cirurgias de crânio e coluna
Médico Neurocirurgião
RQE 51846
Av do Cursino, 2400 - Bairro: Saúde
São Paulo - Capital
Telefone: +55 (11) 97506-3619
Entre os grandes desafios do cirurgião de coluna está o tratamento da escoliose IDIOPÁTICA (ou seja, de causa indeterminada). A Sociedade de Pesquisa em Escoliose aponta a importância de que a escoliose de origem primária (idiopática) tenha sua classificação baseada de acordo com a idade do paciente.
- Do nascimento aos 03 anos de idade ela é classificada como infantil.
- Dos 04 aos 09 anos como escoliose idiopática juvenil.
- Dos 10 aos 20 anos (final da maturidade esquelética) como escoliose idiopática do adolescente.
A importância desta distinção se dá pelas características de cada um destes grupos:
INFANTIL Nascimento aos 03 anos.
Incidência deste grupo entre o3 grupos: EUA 2 a 3 %; Grã-Bretanha 30%.
Sexo - Masculino x Feminino: 1:1 a 1:2
Tipos de Curva : Torácica esquerda E:D (2:1); Torácica esquerda, Lombar direita
Associação de doenças : Deficiência mental, plagiocefalia, cardiopatia, DCQ
Comprometimento
Cardiopulmonar: Risco Alto
Risco de Progressão
da Curva: Abaixo de 6 meses - baixo; acima de um ano - alto
Taxa média de
Progressão da Curva: Progressão gradual de dois a três graus por ano.
Progressão maligna - dez graus por ano.
Resolução da curva: Menos de um ano: 90% e Mais de um ano: 20%
Magnitude da
Curva e Maturidade: Progressão gradual 70 a 90%. Maligna: maior que 90º
Tratamento
Conservador: Eficaz para retardar a progressão. Progressão final 100%
Tratamento
Cirúrgico: De um modo geral, porém a critério do cirurgião:
Abaixo de 08 anos - instrumentação sem fusão
Entre 08 e 11 anos - fusão espinhal anterior ou posterior
Após 11 anos - fusão espinhal posterior
Risco de
"Virabrequim": Alto
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JUVENIL Dos 04 aos 09 anos.
Incidência deste grupo entre o3 grupos: EUA 12 a 15 %; Grã-Bretanha 12 a 15%.
Sexo - Masculino x Feminino: Abaixo de 6 anos 1:3; Acima de 6 anos 1:6
Tipos de Curva : Torácica direita D:E (6:1);
Associação de doenças : Nenhum
Comprometimento
Cardiopulmonar: Risco Intermediário
Risco de Progressão
da Curva: 67% dos casos
Taxa média de
Progressão da Curva: Progressão gradual de seis graus por ano.
Progressão maligna - dez graus por ano.
Resolução da curva: 20%
Magnitude da
Curva e Maturidade: Progressão na puberdade 70 a 90%. Maligna: maior que 90º
Tratamento
Conservador: Diminui a velocidade de progressão até a puberdade (taxa de de falaha de 30 a 80% )
Tratamento
Cirúrgico: De um modo geral, porém a critério do cirurgião:
Abaixo de 08 anos - instrumentação sem fusão
Entre 08 e 11 anos - fusão espinhal anterior ou posterior
Após 11 anos - fusão espinhal posterior
Risco de
"Virabrequim": Alto
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ADOLESCENTE Dos 10 aos 20 anos.
Incidência deste grupo entre o3 grupos: EUA 85 %; Grã-Bretanha 55%.
Sexo - Masculino x Feminino: 1:6
Tipos de Curva : Torácica direita D:E (8:1);
Associação de doenças : Nenhum
Comprometimento
Cardiopulmonar: Risco baixo
Risco de Progressão
da Curva: 23% dos casos
Taxa média de
Progressão da Curva: Progressão gradual de 1 a 2 graus por mês.
Resolução da curva: rara
Magnitude da
Curva e Maturidade: Curvas acima de 90º são raras
Tratamento
Conservador: Controla efizcamente as curvas < 40º (taxa de sucesso 75% a 80%)
Tratamento
Cirúrgico: De um modo geral, porém a critério do cirurgião:
- Fusão espinhal posterior
- Ao 10 anos - fusão espinhal anterior, se cartilagem trirradiada aberta.
Risco de
"Virabrequim": Baixo
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CURIOSIDADE:
Na Inglaterra, um time de historiadores e arqueologistas anunciaram a descoberta do corpo do Rei Ricardo III e o achado confirma que ele era portador de escoliose.
Pesquisadores da Universidade de Leicester disseram que testes de DNA em um esqueleto de batalha cheio de lesões, descoberto em 2005, provaram "além de qualquer dúvida razoável" de que ele é o rei, que morreu na Batalha de Bosworth Field, em 1485, e cujos restos mortais estavam desaparecidos há séculos.
Pesquisadores da Universidade de Leicester disseram que testes de DNA em um esqueleto de batalha cheio de lesões, descoberto em 2005, provaram "além de qualquer dúvida razoável" de que ele é o rei, que morreu na Batalha de Bosworth Field, em 1485, e cujos restos mortais estavam desaparecidos há séculos.
Os restos além diversas lesões ósseas de traumas de batalha, sobretudo na cabeça, também apresentou sinais de escoliose, a qual é uma forma de curvatura patológica da coluna vertebral, de acordo com relatos da época do Rei Ricardo III, embora não com a descrição de Shakespeare dele como corcunda. Acredita-se que sua escoliose se formou a partir da adolescência do rei.
Em: National Post, Inglaterra, 13 de fevereiro de 2006.



