TRAUMA DE CRÂNIO NO IDOSO

Traumatismo crânio-encefálico (TCE) 

Dr Alessandro Blassioli  -  CRM 62557  

Cirurgias de crânio e coluna

Médico Neurocirurgião

RQE 51846

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O TCE continua a ser uma importante causa de

morbidade e mortalidade em pessoas de todas as idades, afetando quase

1,4 milhão de pacientes por ano nos Estados Unidos.

Sobre 235 mil desses pacientes necessitam de internação hospitalar e

20% provavelmente vão sucumbir aos seus ferimentos. A idade avançada,

considerados aqueles com idade superior a 65 anos, é uma entidade independente preditora de resultados mais pobres.

Em 2003, Hukkelhoven e colegas analisaram 5.600 pacientes com TCE, que identificaram m método melhorado de prever resultados.
Eles observaram uma associação quase linear entre a idade e os resultados ruins e eles concluiram que, a cada incremento de 10 anos de idade, o resultado piora em 40% a 50% sendo independente de outros fatores de risco

De acordo com os EUA Census Bureau, a geriatria

demográfica continuará a se expandir tanto em números absolutos

, bem como a percentagem da população total , com a

percentagem da população dos EUA a aumentar a partir de 13% em

2010 para mais de 22% em 2050.

Entre os pacientes geriátricos, o TCE representa aproximadamente

80 mil visitas aos departamentos de emergências anuais, dos quais cerca de

75% exigem hospitalização nos EUA. As taxas de mortalidade são

quase o dobro do que seus colegas mais jovens, pois mesmo sob

graus leves de ferimentos na cabeça.
Além disso, o número desses pacientes que sofrem de incapacidade psicológica e física a longo prazo permanece alta, bem como sendo financeiramente dispendioso.

O traumatimso de crânio-encefálico (TCE) tem uma distribuição bimodal de idade , com o primeiro pico aos 15 -19 anos e na segunda aparecendo como idade superior a 65 anos.

As principais causas de TCE em todas as idades incluem :

- acidentes com veículos automotores

- quedas em geral 

- e crime violento. 

..

Em adultos jovens , a principal causa é devido acidentes com veículos automotores (principalmente motocicleta), enquanto que em pacientes mais velhos esta causa cai predominantemente.

Curiosamente, no idoso, o tipo mais comum de queda é o da própria altura , geralmente considerado como sendo de baixa energia impacto .

Os fatores que aumentam a suscetibilidade de idosos a lesões e retardar a recuperação das lesões são multifatoriais .

Questões específicas para a população geriátrica incluem suas alterações anatômicas e suas alterações fisiológicas que ocorrem com o aumento da idade, bem como comorbidades e os medicamentos necessários para tratar essas condições.

A ingestão de álcool , o suicídio e falta de equipamentos de proteção ou medidas preventivas adequadas também  têm sido implicados. 

Pacientes com TCE relacionados à queda da própria altura tendem a ter mais comorbidades do que os feridos em acidentes de veículos automotores.

Os tipos de condições de comorbidade entre os dois mecanismos de lesão são compatíveis e incluem cardiovascular / doenças cerebrovasculares , hipertensão, arritmias cardíacas, diabetes mellitus e desequilíbrio eletrolítico (desidratação , por exemplo).

Considera-se que a incidência de demência , depressão e doença de Parkinson é significativamente aumentada em lesões relacionadas com a queda. Além disso , os pacientes com demência pré -existente ou que

tem comprometimento cognitivo subjacente demandam mais tempo de recuperação.

Exercícios musculares como a musculação na terceira idade, além de reduzirem a incidência de Alzheimer, além de inúmeros outros benefícios,  principalmente na melhora da qualidade de vida, favorecem menor número de quedas da própria altura.