Tratamento da lombalgia crônica - Novas abordagens no horizonte

   A dor nas costas é a segunda principal causa de incapacidade entre adultos  e atualmente é tratada com terapia conservadora ou procedimentos de dor intervencionista. 

   A base atual da terapia conservadora inclui o uso de antiinflamatórios não-esteroidais (AINEs), acetaminofeno (paracetamol), relaxantes musculares ou até mesmo um curto período de medicação para a dor com opióides em conjunto com estratégias não farmacológicas, como fisioterapia, que levam a melhora na maioria dos pacientes. No entanto, se a terapia conservadora não fornecer alívio sintomático, ou se a dor persistir como moderada a grave (≥4 / 10 em uma escala numérica de classificação de dor), tratamentos mais invasivos, como infiltrações, injeções facetárias, ablações por radiofrequência, laser discal (PLDD) e outros procedimentos minimamente invasivos para controle da dor geralmente são considerados.

No entanto, a questão que permanece é se nós, como médicos, temos mais opções terapêuticas adequadas para oferecer aos pacientes que sofrem de dor lombar crônica, quando algumas vezes estas são insuficientes na terapia conservadora quanto nos procedimentos de dor intervencionista antes de considerar opções cirúrgicas como discectomia, artroplastia discal ou fusão espinhal. 

As possíveis novas terapias que estão no horizonte para o tratamento da dor lombar crônica são discutidas hoje na comunidade científica. Discute-se sobre medicamentos que estão atualmente em uso através de diferentes fases de ensaios clínicos (I-III) para o tratamento da dor lombar. 

 Novas terapias intradiscais estão vindo, incluindo colagenase, condroitinase, metaloproteinases de matriz e gel de etanol. Também se discute se um fator de crescimento neurotrófico derivado de células gliais endovenoso chamado "Artemin", pode reparar nervos sensoriais comprimidos por hérnia de disco. 

Outra nova droga em desenvolvimento para dor lombar sem radiculopatia é um anticorpo monoclonal subcutâneo que atua como fator de crescimento nervoso chamado tanezumabe. 

Finalmente, discutem-se ainda se com o plasma rico em plaquetas e as células-tronco, que estão sendo estudados para o tratamento da dor lombar pode trazer algum benefício real.

            Acreditamos que com essas novas opções terapêuticas, podemos melhorar ainda mais o tratamento atual entre procedimentos conservadores / intervencionistas e cirurgias em pacientes com dor lombar crônica.